SOBRE A MENTIRA
«O que és
soa tão forte que não consigo ouvir
O que
afirmas ao contrário.»
Emerson
Quem tem o hábito de mentir, tem um dos maiores defeitos da
humanidade. À que dizer «não» a todas as mentiras, porque nada de bom se pode
construir sobre a falsidade, sobre a mentira. Quem é que pode ser considerado
pessoa de bem, merecedor de confiança e que os outros lhe dispensem atenção se
tem por hábito mentir?
E quem pensa que, é apenas uma mentirinha, engana-se. A
mentira é como a bola de neve, quando mais rola maior vai ficando.
Ao contrário da que se pensa, quem mente, a mentira engana
só quem a diz.
O pensador francês, La Rechefoucaud, aos que têm o mau
hábito de faltar á verdade, procurou chama-los à realidade, através desta
reflexão: «É tão fácil enganar-se a si mesmo, sem se aperceber; quanto é
difícil enganar os outros sem que o percebam».
Os que enveredam pelos caminhos sinuosos da mentira, mil
arrependimentos hão-de ter; porque, a mentira, mais tarde, só aos mentirosos
prejudica.
É do conhecimento geral que a mentira tem as pernas curtas;
por isso, depois não adianta ser pródigo em juramentos.
Até parece que desconhecem o provérbio «Quem mais jura mais
mente».
A mentira é o como a desgraça. Nunca vem só. Ela destrói a
dignidade a integridade e acaba por ser um degrau para todos os vícios.
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