sábado, 5 de janeiro de 2013

Um banco do estado


ESTA  VALE A PENA DIVULGAR!!!  é uma verdadeira 
vergonha...batendo as asas pela noite calada... vêm em bandos,
com pés de veludo...» Os Vampiros do Século XXI: 


        A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos 
seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer 
corar de vergonha os administradores - principescamente 
pagos - daquela instituição bancária.  
       A carta da CGD começa, como mandam as boas regras 
de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em 
oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço 
qualidade em toda a gama de prestação de serviços, 
incluindo no que respeita a despesas de manutenção nas 
contas à ordem.     
         As palavras de circunstância não chegam sequer a
suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo 
parágrafo sobre racionalização e eficiência da gestão de 
contas, o estimado/a cliente é confrontado com a 
informação de que, para continuar a usufruir da isenção da
comissão de despesas de manutenção, terá de ter em cada 
trimestre um saldo médio superior a EUR1000, ter crédito 
de vencimento ou ter aplicações financeiras associadas à 
respectiva conta.  
     Ora sucede que muitas contas da CGD,designadamente 
de pensionistas e reformados, são abertas por imposição 
legal.  
      É o caso de um reformado por invalidez e quase 
septuagenário, que sobrevive com uma pensão de 
EUR243,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio diário 
de EUR 7,57 (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi 
forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da 
Segurança Social para receber a reforma.  
     Como se compreende, casos como este - e muitos são 
os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza - 
não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela 
CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar despesas de 
manutenção de uma conta que foram constrangidos a abrir 
para acolher a sua miséria.  
     O mais escandaloso é que seja justamente uma 

instituição bancária que ano após ano apresenta lucros 
fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo 
quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar 
Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver 
que contribua para engordar os seus lautos proventos.  
      É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa,
como lhe chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a 
pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade.  
     Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos 
servem sob a capa da democracia, em que até a esmola
paga taxa.  
     Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer 
resquício de decência, com o único objectivo de acumular 
mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso.  
     Medita e divulga... Mas divulga mesmo por favor...  
Cidadania é fazê-lo, é demonstrar esta pouca vergonha que 
nos atira para a miserabilidade social.











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